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MPRJ denuncia Danúbia Rangel, mulher do traficante Nem, por lavagem de dinheiro
Publicado em Fri Dec 21 09:47:40 GMT 2018 - Atualizado em Fri Dec 21 09:47:34 GMT 2018

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio da 24ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos, denunciou, nesta terça-feira (18/12), Danúbia de Souza Rangel, mulher do traficante Nem da Rocinha. De acordo com a denúncia, Danúbia e sua irmã, Telma de Souza Rangel – também denunciada pelo MPRJ –, usavam um salão de beleza como fachada para lavagem de dinheiro, situado na favela da Rocinha. 

Segundo as investigações da 24ª PIP e de Aloysio Falcão, delegado do Núcleo de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro, da Polícia Civil, as denunciadas são sócias de um salão de beleza que não exerce efetivamente atividade econômica, estando constituído formalmente com o intuito de converter recursos provenientes do tráfico de drogas em ativos lícitos e fazer crer aparentemente que as duas são empreendedoras e empresárias.

Ao cruzarem as informações sobre a movimentação bancária do salão, entre os anos de 2011 e 2016, os investigadores concluíram que a sociedade movimentou valores em montante setecentas vezes maior do que a receita líquida obtida no mesmo período. 

Para atuar como representante de Nem da Rocinha na associação criminosa, recebendo e repassando informações, Danubia Rangel, conhecida por "Xerifa da Rocinha", recebia por semana R$ 30 mil de seu companheiro, preso em Presídio Federal de Rondônia.  Com recursos financeiros, em espécie, a "primeira dama da Rocinha", como também é conhecida, mantinha e ostentava uma vida de luxo, com voos de helicópteros, passeios de barco, tratamentos estéticos, compra de joias, além de aquisição de participações societárias, como no caso do salão de beleza. 

As investigações demonstram que o salão de beleza não tinha empregados registrados. Apesar de ser titular de conta corrente bancária,  não havia pagamentos de títulos e boletos bancários, mas tão somente transferências bancárias entre Danubia, Telma e o salão de beleza. Se condenadas, as denunciadas podem cumprir penas privativas de liberdade que variam de 3 a 10 anos de reclusão e multa. 

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