Notícia
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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), obteve, nesta quarta-feira (06/05), a prisão preventiva de João Paulo Firmino, suspeito de ser o executor de cinco jovens, no dia 25 de março, no Condomínio Carlos Marighella, do programa federal ‘Minha Casa, Minha Vida’, em Itaipuaçu, Maricá. A decisão foi proferida pela Vara Criminal de Maricá um dia depois de o MPRJ oferecer denúncia contra Firmino que está preso desde 09/04, em operação realizada pelo MPRJ em conjunto com a Polícia Civil.
“A existência do crime está cabalmente demonstrada pelos fartos elementos probatórios constantes no procedimento apuratório, havendo fortes indícios de que o denunciado tenha sido o autor dos crimes hediondos registrados nesses autos”, diz a decisão que recebeu a denúncia e converteu a prisão temporária em preventiva.
De acordo com a denúncia, os homicídios de Matheus Barauna dos Santos; Patrick da Silva Diniz; Mateus Bitencourt da Silva; Sávio de Oliveira Vitipó e Marcus Jonathan Silva de Souza foram praticados em típica atividade de extermínio, por João Paulo Firmino.
As vítimas, todas jovens, com idade entre 14 e 20 anos, foram abordadas no interior do condomínio onde residiam, quando o executor determinou que todos deitassem de bruços ou ficassem de joelhos, agrupados. Em seguida, relata a denúncia, que Firmino efetuou disparos de arma de fogo na cabeça das vítimas.
“A periculosidade do denunciado é inominável e flagrante, haja vista a frieza do autor deste hediondo delito”, observa o pedido de prisão, acrescentando que, após o crime, Firmino gritou para os moradores entrarem em suas residências, pois a milícia havia chegado para acabar com a bagunça.
Para o GAECO/MPRJ, o crime foi praticado para disseminar o terror por parte do denunciado e do grupo criminoso. O intuito seria impor os serviços ilegais explorados pelo grupo no condomínio Minha Casa Minha Vida.
Por essas condutas, Firmino foi denunciado por homicídio duplamente qualificado, cuja pena é de 12 a 30 anos de prisão.
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