Notícia
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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), realizam nesta sexta-feira (24/11) a operação Mercado de Ilusões. O objetivo é cumprir mandados de prisão contra o empresário Fernando Trabach Gomes, sua mulher Mônica Lima Barbosa, seu filho Fernando Trabach Gomes Filho e Henrique Itamar Schmidt, entre outros.
A operação também visa ao cumprimento de 22 mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e escritórios de empresas ligadas aos acusados. De acordo com denúncia oferecida pelo MPRJ à Justiça, ao menos a partir de 2011, Fernando, Fernando Filho, ao lado dos demais, se estruturaram em organização criminosa para praticar centenas de delitos patrimoniais, por meio do lançamento de diversos empreendimentos hoteleiros, em especial o Supreme Resende Hotéis e Business, que supostamente seria construído em Resende, no Sul Fluminense.
Segundo as investigações, apesar de cientes de que jamais realizariam qualquer edificação em Resende, os três líderes da organização criminosa realizaram pomposos eventos para o lançamento do empreendimento ao público, com ampla divulgação na imprensa, dando início à comercialização de centenas de unidades imobiliárias. O esquema criminoso também teria lesado a rede Accor. O projeto de construção desses empreendimentos previa uma torre hoteleira da bandeira Ibis e outra com a bandeira Ibis budget, ambas pertencentes à rede Accor.
De acordo com o MPRJ, o grupo obteve vantagens indevidas de cerca de R$ 16,7 milhões, com pagamentos realizados por consumidores lesados à conta da empresa NEP Incorporações SPE 8 Resende LTDA., relativos a venda de unidades autônomas no prometido empreendimento. Segundo as investigações, o dinheiro foi posteriormente submetido a procedimentos de lavagem de dinheiro, com auxílio dos também denunciados Márcio Ferreira de Almeida, Jacira Trabach Pimenta, Mônica Lima Barbosa, Rose Rondelle Lima Barbosa e Henrique Itamar Schmidt.
O Ministério Público fluminense requereu à Justiça o sequestro de contas bancárias e arresto de bens de todos os acusados, no valor mínimo total de R$ 50 milhões. O valor inclui os danos materiais e morais causados aos ofendidos. A denúncia envolve os crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e estelionato.
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