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MPRJ ajuíza ação civil pública para impedir a realização de vaquejada em Duque de Caxias
Publicado em Thu Oct 12 06:54:15 GMT 2017 - Atualizado em Thu Oct 12 06:55:42 GMT 2017

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Duque de Caxias , ajuizou ação civil pública pedindo o impedimento da realização de uma vaquejada no Haras Soares, em Duque de Caxias.  Segundo o MPRJ, o evento está programado para ocorrer entre os dias 13 e 15 de outubro.
 
Na ação, o MPRJ argumenta que a vaquejada foi considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal e, mesmo posteriormente tendo sido aprovada uma emenda constitucional autorizando a prática, ela pode ser legalmente realizada excepcionalmente em duas situações: se integrar a cultura do local e for cercada de providências que visem a evitar o sofrimento dos animais.  De acordo com o MPRJ, no entanto, a vaquejada não é tradição cultural em Duque de Caxias. Além disso, o Haras Soares foi notificado a apresentar documentos que provassem o segundo requisito, mas não o fez. 
 
A vaquejada consiste numa competição em que os participantes, montados em cavalos, devem imobilizar um bovino confinado numa arena, derrubando-o inteiramente ao chão. Para que a imobilização seja válida, ela deve ser feita puxando o animal pela cauda e fazendo-o cair com as quatro patas viradas para cima.
 
Segundo a ação, a prática da vaquejada, de acordo com os veterinários, se difere do rodeio e de outras competições envolvendo bovinos, porque ao puxar o animal pela cauda, no sentido oposto ao que ele estiver correndo, o vaqueiro necessariamente machuca o animal. É comum na ação a fratura dos ossos da cauda do boi.

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