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'Viúva da Mega-Sena' será interrogada no Tribunal do Júri nesta quinta-feira
Publicado em Thu Dec 15 09:11:56 GMT 2016 - Atualizado em Thu Dec 15 10:57:19 GMT 2016

Adriana Ferreira Almeida, conhecida como a “viúva da Mega-Sena”, será interrogada nesta quinta-feira (15/12), no Fórum da Comarca de Rio Bonito. Adriana é acusada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Rio Bonito, de ser mandante do homicídio de Renné Senna, que ficou milionário após receber um prêmio da Mega-Sena. Ele foi morto em janeiro de 2007.

Após o interrogatório da ex-cabeleira, a promotora de Justiça Priscila Xavier fará a sustentação oral da acusação de homicídio qualificado contra Adriana. A promotora terá a palavra por uma hora e meia. O advogado de defesa terá o mesmo tempo. Ambos terão direito à réplica e tréplica. Por fim, os sete jurados que compõem o conselho de sentença do Tribunal do Júri irão para a sala secreta votar sobre o caso, acompanhados do juiz Pedro Amorim Gotlib Pilderwasser, da promotora e do advogado da acusada.

O julgamento desta quarta-feira (14/12) começou às 10h45m, com as oitivas de três testemunhas arroladas pelo Ministério Público, sendo dois ex-seguranças de Renné e um gerente de banco. Na sequência, foram ouvidas as testemunhas da defesa. No total, dezesseis testemunhas prestaram depoimentos, sendo oito arrolados pela 1ª Promotoria de Justiça de Rio Bonito.

Em 07 de janeiro de 2007, Renné foi assassinado com quatro tiros em um bar, em Lavras, um ano e meio após receber o prêmio de R$ 52 milhões (valores da época). Ele estava sem segurança naquele dia. Na ocasião, a ex-cabelereira Adriana morava com a vítima em uma fazenda em Rio Bonito. Segundo as testemunhas, ele suspeitava que estava sendo traído pela ré e pretendia tirá-la do testamento.

Adriana foi absolvida no primeiro julgamento, ocorrido em dezembro de 2011. Porém, o MPRJ recorreu da decisão e, em abril de 2014, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) deu provimento, por unanimidade, ao recurso interposto pelo Ministério Público, para submeter Adriana a novo júri. Os desembargadores da 8ª Câmara Criminal acolheram a tese do MPRJ de que a decisão dos jurados foi manifestamente contrária à prova dos autos.

Os ex-seguranças da vítima, Anderson Silva de Souza e Ednei Gonçalves Pereira, já foram condenados. Eles cumprem pena de 18 anos de prisão pelo crime.

Processo nº 0004242-15.2007.8.19.0046

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