Notícia
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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO-MPRJ) desencadeou a operação Ybira, nesta quinta-feira (16/02), para desarticular uma quadrilha de traficantes que atua no município de Miracema, no Noroeste Fluminense. Onze pessoas foram denunciadas à Justiça por tráfico de drogas e associação para o tráfico.
De acordo com a investigação, a quadrilha era abastecida com armas e entorpecentes enviados por três dos denunciados, baseados na comunidade do Jacarezinho, Zona Norte do Rio. Foram expedidos mandados de prisão preventiva contra os acusados e mandados de busca e apreensão pela 2ª Vara da Comarca de Miracema. A investigação foi realizada em parceria com a Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI-MPRJ) e com a Superintendência de Inteligência do Sistema Penitenciário (Sispen-Seap) da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária. Também houve apoio do BAC (Batalhão de Ações com Cães), da PMERJ, e do 36º Batalhão de Polícia Militar.
A investigação teve início a partir de notícias recebidas pela Promotoria de Justiça Criminal de Miracema sobre a atuação de traficantes na região. Com o auxílio do GAECO, o procedimento criminal instaurado identificou os locais de venda de drogas conhecidos como Cruzeiro, Curva do “S”, Vila Nova, Cehab e Nossa Senhora de Fátima. Com o auxílio de interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, também foi possível identificar os integrantes da quadrilha e o modo de atuação do grupo.
Entre os líderes oriundos de Miracema, mas baseados no Jacarezinho e apontados como responsáveis pela remessa de armas e drogas, estão José Fernando de Oliveira Santos, vulgo "Tio" ou "Nandinho do Jacaré"; Maycon da Silva Ferreira, vulgo "MK" ou "da Uva"; e Roger Wellington Mendes da Silva, o "RG" ou "Roginho". Mulheres e adolescentes eram cooptados por esses criminosos para servirem de “mulas”, “vapores” e “soldados do tráfico”, segundo a denúncia. Cinco dos denunciados foram presos em flagrante ao longo da investigação.
O pedido de prisão dos denunciados apontou o risco representado pela quadrilha naquele município. As interceptações identificaram ameaças a moradores que não aceitavam a utilização das lajes para o armazenamento das drogas, conversas que tramavam a morte de pessoas que pudessem atrapalhar o comércio ilegal e relatos sobre a troca de tiros em frente a uma escola no ano passado.
O GAECO-MPRJ também solicitou à Justiça a quebra do sigilo bancário e o bloqueio de contas identificadas para a movimentação de dinheiro da associação criminosa.
(Dados coletados diariamente)