O procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, recebeu, na tarde desta segunda-feira (13/02), representantes das mulheres de policiais militares que fazem manifestações organizadas em frente aos batalhões. Ele ressaltou a importância do diálogo estabelecido entre o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e as esposas e mães dos policiais, e reconheceu a legitimidade das demandas apresentadas pelo grupo. Segundo Gussem, os profissionais do MPRJ estão disponíveis para orientar e atuar no processo de negociação.

“A nossa preocupação é que não haja nenhum tipo de radicalismo por nenhuma das partes. Não podemos desconsiderar, no entanto, o momento difícil pelo qual passa o Estado. Talvez algumas reivindicações, embora justas, possam não ser atendidas de imediato”, esclareceu Eduardo Gussem, que já conversou com o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Milton Fernandes, sobre a situação.

No encontro, além das demandas salariais, as mulheres também definiram como prioridades o pedido de que não haja punição aos policiais por conta das manifestações e a revisão da escala de trabalho. Os procuradores e promotores afirmaram que é preciso que o movimento continue agindo dentro da legalidade para que receba o apoio do MPRJ. 

Eles solicitaram também que as manifestantes formem uma comissão para acompanhar o andamento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), proposto pela promotora de Justiça Gláucia Maria da Costa Santana e celebrado entre o Estado e o MPRJ, em 2015. O acordo prevê uma série de políticas que devem ser adotadas para a melhoria das condições de trabalho dos policiais, como saúde, segurança, formação e capacitação. O TAC ainda encontra-se dentro do prazo para a implementação.

Participaram da reunião representantes do Grupo de Mediação e Resolução de Conflitos, das tutelas de Segurança Pública e de Direitos Humanos, e do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (GAESP).