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Na tentativa de encontrar soluções para o fim das manifestações que ocorrem desde ontem (10/02) em frente aos batalhões da Polícia Militar, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) participou, neste sábado (11/02), da reunião do comando-geral da PM com cerca de 40 mulheres de policiais. No encontro, que aconteceu no Quartel General da corporação, o MPRJ atuou como mediador na gestão de crise, iniciando o processo de negociação, com identificação de demandas e lideranças, para que haja o diálogo entre as partes.
O grupo de mulheres apresentou as suas reivindicações, entre elas, o pagamento dos salários atrasados, do 13º, férias vencidas, do Regime Adicional de Serviço (RAS), do Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis), além de melhores condições de trabalho, metas e redução da escala.
Para a coordenadora de Segurança e Inteligência (CSI-MPRJ), promotora de Justiça Elisa Fraga, o encontro foi uma forma de aproximação com as lideranças do movimento.
“A polícia tem se saído muito bem na administração dessa crise. Estamos com pouco mais de 90% de cobertura no policiamento do Estado, com remanejamento de efetivo. Esta é uma pauta que não depende diretamente do comando-geral da PM. Precisamos agora acompanhar, nos próximos dias, a votação na Alerj, o pagamento dos salários, para dar prosseguimento às negociações”, disse a promotora.
Segundo o comandante-geral, coronel Wolney Dias, o Estado confirmou que vai cumprir o calendário e pagar no próximo dia 14 os salários de janeiro dos servidores ativos e inativos da área de Segurança.
Durante a reunião, o Grupo de Mediação e Resolução de Conflitos do MPRJ colocou-se à disposição das mulheres dos policiais para negociar a pauta e intermediar novos encontros com representantes de outros setores do governo do Estado.
“As reivindicações são legítimas, mas é preciso que a sociedade também se sinta resguardada. O caminho do diálogo que estamos tentando construir é que as demandas sejam atendidas, mas sempre mantendo a segurança e o apoio da população. Afinal, no caos, não haverá ganho para ninguém”, ressaltou a procuradora de Justiça Anna Maria Di Masi, coordenadora do grupo.
O MPRJ continuará acompanhando os protestos e monitorando como a situação poderá impactar na segurança pública. Também participaram da reunião a promotora de Justiça Eliane Pereira, assessora de Direitos Humanos, e a procuradora de Justiça Viviane Tavares Henriques, do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (GAESP).
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