O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Instituto de Educação Roberto Bernardes Barroso (IERBB/MPRJ), realizou, nesta quinta-feira (09/11), de forma híbrida, o “1º Seminário família acolhedora - a experiência do município do Rio de Janeiro: relatos e reflexões”. O evento teve como objetivo ampliar o conhecimento sobre o acolhimento de crianças e adolescentes através do Serviço de Família Acolhedora.   

A Família Acolhedora é um serviço de proteção social que busca garantir a proteção e cuidado através da convivência familiar e comunitária de forma provisória às crianças e adolescentes que vivenciam algum tipo de violação de direitos. O serviço está em funcionamento no Rio de Janeiro desde 1998.

A abertura do evento foi feita pela adolescente acolhida, Gabriele Vitória, que chamou os convidados para a mesa de abertura, composta pela promotora de Justiça  Raquel Madruga do Nascimento,  subcoordenadora do CAO Infância e Juventude (CAOPJIJN/MPRJ); pelo vice-diretor do IERBB, Alexandre Couto Joppert; pela gerente do Família Acolhedora do Município do Rio de Janeiro, Flavia Medeiros da Silva; pela coordenadora dos serviços de alta complexidade da  Subsecretaria de Proteção Social Especial, Marlise Ferreira de Souza: e pelo subsecretário de Proteção Social Especial do Rio de Janeiro, Fábio de Sá Ventura.

A primeira mesa trouxe relatos de famílias acolhedoras das 2º, 5º, 9º e 10ª Coordenadorias de Assistência Social do Rio de Janeiro. Em seguida, a mesa “Reflexões técnicas sobre o acolhimento familiar” discutiu os desafios, os benefícios e como são feitos os procedimentos técnicos do serviço no município. Na ocasião, estiveram presentes a assistente social atuante no Família Acolhedora do município, Kássia Rocha; a assistente social da 4ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso (VIJI), Carla Muniz de Castro Garcia; a psicóloga atuante no Família Acolhedora do Município do Rio, Fernanda Lima e a psicóloga da 1ª VIJI, Erika Piedade da Silva.

À tarde, Flávia Medeiros da Silva conduziu a terceira mesa, com o tema "Acolhimento Familiar como Medida de Proteção e Garantia de Convivência Familiar e Comunitária". Na ocasião, Agnes Mussliner, promotora de Justiça Titular da 9ª Promotoria de Justiça de Defesa da Infância e da Juventude da Capital; Ana Angélica Campelo de Albuquerque e Melo, coordenadora geral de Proteção Social Especial de Alta Complexidade do Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome; Monica Labuto e Sergio Luiz Ribeiro de Souza, Juízes da 3ª e 4ª Vara de Infância, Juventude e Idoso, respectivamente, compartilharam suas experiências com o serviço de acolhimento em Família Acolhedora.

Durante a discussão, destacaram os desafios enfrentados no cenário atual para aprimorar o serviço, abordando a preparação das equipes técnicas e acolhedoras, os fatores que fragilizam a oferta do serviço de acolhimento e a importância da disseminação do programa para outros municípios e estados. “A disseminação do programa é crucial para promover uma cultura de proteção e convivência familiar e comunitária. Ao compartilhar e expandir essa abordagem, não apenas fortalecemos os laços familiares, mas também contribuímos para a construção de uma sociedade mais solidária e comprometida com o bem-estar das crianças e jovens”, pontuou Ana Angélica Campelo de Albuquerque e Melo.

Em seguida, cinco acolhidos em famílias acolhedoras compartilharam suas histórias e relatos, enfatizando a relevância fundamental do serviço na promoção de ambientes familiares estáveis e receptivos. No encerramento, crianças, adolescentes e jovens acolhidos realizaram uma apresentação cultural, evidenciando não apenas seus talentos, mas também a importância do acolhimento na promoção do desenvolvimento integral.

Por MPRJ