Notícia
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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), ofereceu denúncias contra integrantes de duas organizações criminosas. A primeira denúncia diz respeito a homicídio cometido por integrantes de milícia denominada Família Suruí, que atua em Magé, na Baixada Fluminense. A outra está relacionada à extorsão praticada por integrantes de grupo destinado à exploração da contravenção de jogo do bicho na Zona Norte do Rio e liderado por José Caruzzo Escafura, conhecido como Piruinha. Em relação à milícia que atua na localidade de Suruí, em Magé, foram denunciados André Ribeiro Lopes do Nascimento, conhecido como Andrezinho; e André Cosme da Costa Franco, vulgo André Careca. Segundo as investigações, no dia 18 de março de 2019, William Matheus Rodrigues da Silva, vulgo Matheusinho, foi morto a tiros sendo a autoria atribuída aos denunciados.
De acordo com a denúncia, o crime foi praticado como afirmação de poder da organização criminosa denominada Família Suruí. “O crime foi praticado por milícia privada sob o pretexto de prestação de serviço de segurança e em atividade de grupo de extermínio, haja vista que a vítima era usuário de drogas e já teria sido traficante de drogas”, diz a denúncia. A investigação apurou que André Careca liderava a milícia denominada Família Suruí, que atua no Município de Magé, principalmente nos bairros de Praia de Mauá, Suruí, Ipiranga, São Lucas e Cantinho da Vovó, como grupo de extermínio, em especial contra traficantes e usuários de drogas. O denunciado André Ribeiro Lopes do Nascimento, policial militar, atuaria dando suporte às atividades da organização criminosa.
Em outra denúncia, há a imputação de crime de extorsão praticado por Monalliza Neves Escafura; José Caruzzo Escafura, conhecido como Piruinha; Carlos Eduardo Menezes Machado, vulgo Cadu, Paulo Henrique Carvalho da Silva e Suelem de Souza Neves. Além do crime de extorsão, Monalliza, Cadu e Suelem foram denunciados por lavagem de dinheiro. Segundo a denúncia, as vítimas Natalino José do Nascimento Espínola e Max Wanderson Marques Lopes sofreram extorsões, ameaças e outros delitos que teriam sido praticados por Monalliza, Piruninha e outras pessoas. Tudo começou com os aportes financeiros realizados por Natalino e Monalliza junto à Cimafer 2004 Ferro e Aço, de propriedade de Max. De acordo com o ajuste verbal firmado entre as partes, o dinheiro seria utilizado para aquisição de materiais e custeio de mão de obra, enquanto Max, na qualidade de sócio-administrador da Cimafer, ficaria responsável pela prestação de serviços a diversas construtoras, cujos pagamentos seriam divididos pelos três.
Com a frustração de negócios realizados pela Cimafer e o consequente prejuízo financeiro, instalou-se grave desavença entre, de um lado, Natalino e Max e, de outro, Monalliza e José Escafura, os quais, utilizando-se do poder exercido através da liderança do clã criminoso, passaram a manejar os integrantes de sua organização para perpetrar uma série de delitos contra Natalino, Max e seus familiares, de modo a compeli-los a pagar pelo prejuízo financeiro – risco inato de qualquer empreendimento. Mesmo após a prática de diversas extorsões, diante do não pagamento da ‘dívida’, Monalliza e Piruinha entenderam por bem matar Natalino. Desde então, Monalliza é considerada foragida.
Por MPRJ
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