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O Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a mulher (CAOVD/MPRJ) realizou, nesta sexta-feira (31/03), a palestra 'Rompendo Barreiras e Fortalecendo Laços', no auditório do 9º andar do edifício-sede. O procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, participou da abertura do evento, ao lado da procuradora de Justiça Carla Araújo, coordenadora do CAO Violência Doméstica/MPRJ; das juízas do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), Katherine Jathay e Raquel Chrispino; da defensora pública Lucia Helena Oliveira, da Secretária Estadual da Mulher, Heloisa Aguiar; da Secretária Municipal de Políticas e Promoção da Mulher na Prefeitura do Rio, Joyce Trindade e da vereadora Tânia Bastos.
"É uma alegria participar desse evento no dia do fechamento do mês da mulher. O combate à violência é um tema também para nós, homens, e estar aqui significa aprender muito com as falas enriquecedoras. No MPRJ temos equipes que desenvolvem um trabalho brilhante no combate à violência doméstica. Temos também a Coordenadoria-Geral de Promoção da Dignidade da Pessoa Humana e o projeto Nascer Legal, que tem como objetivo aprimorar a política pública de registro civil e enfrentar o sub-registro de nascimentos. No ano passado inauguramos a Ouvidoria da Mulher, um canal voltado para o atendimento especial a mulheres vítimas de todas as formas de violência. Um passo emblemático e uma luta muito importante”, afirmou Luciano Mattos.
A coordenadora do CAO Violência Doméstica/MPRJ agradeceu a presença dos participantes e destacou a importância do evento. "Hoje reunimos a rede de enfrentamento da violência contra mulher e a rede da infância visando fortalecer os laços, já que o espaço doméstico é o ambiente onde, predominantemente, a violência ocorre", ressaltou Carla Araújo.
A delegada federal Paula Mary falou sobre 'Pedofilia e Tráfico Humano' e apresentou estatísticas, casos recentes e as barreiras que dificultam o relato de abuso, causando a subnotificação. "Existem inúmeros mitos, entre eles o de que é muito fácil identificar um abusador de crianças. E minha experiência mostra que não é assim: infelizmente não existe um perfil, não existem requisitos para os abusadores. São homens e mulheres, de diferentes níveis sociais, econômicos, de religiões diversas. Normalmente, os abusadores desenvolvem estratégias para estar mais próximos das crianças. E onde esses predadores estão? Em todos os lugares e, principalmente, na internet, que traz uma falsa sensação de segurança. É importante ressaltar que, na maioria das vezes, o abusador é uma pessoa de convívio da família", afirma Paula Mary.
Em seguida, o advogado René Freitas apresentou o tema 'Reflexões sobre gênero e infância'. “Hoje eu vejo números cada vez maiores no que diz respeito à violência contra a mulher: em 2020, a cada quatro relacionamentos duradouros, em um existia violência. Esse ano, são três relacionamentos. E não acredito que o motivo seja o aumento de notificações, mas sim porque as mulheres conhecem seus direitos, exigem respeito e muitos homens não aceitam”, afirmou René.
Também estiveram presentes à palestra membros, servidores, representantes do CAO Infância, do IERBB/MPRJ, policiais militares que integram a Patrulha Escolar e Patrulha Maria da Penha, além do público em geral.
Por MPRJ
(Dados coletados diariamente)