Notícia
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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (10/03), após dois anos de investigação, a Operação Banca da Vila. Em decorrência de denúncia oferecida em 10 de janeiro de 2023, o objetivo é cumprir mandado de prisão contra Bernardo Bello Pimentel Barbosa e nove mandados de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada em Crime Organizado do TJRJ, em endereços ligados a ele e a integrantes da quadrilha voltada para a prática de crimes de lavagem de dinheiro, oriundo, sobretudo, da contravenção do jogo do bicho e da exploração de máquinas caça-níquel, envolvendo a Escola de Samba Vila Isabel, da qual Bernardo Bello foi presidente.
A operação contou com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ). Além de Bernardo Bello, foram denunciados pelo MPRJ, Marina Ritter Forny, Marcio Passos Albuquerque, conhecido como "Emerson Sheik", Suely de Oliveira Mendes, Marilda Aparecida Lisboa Bastos, o ex-presidente da GRES Vila Isabel Fernando Fernandes dos Santos, Thaysa da Costa Mendes, Rodrigo dos Santos Cunha e Sonia Maria Rossi, mãe de Bernardo Bello.
As investigações tiveram início em 2020, a partir do cumprimento de mandados de busca e apreensão expedidos pelo I Tribunal do Júri da Comarca da Capital, em inquérito policial instaurado para apurar crime de homicídio tentado praticado contra Shanna Harrouche Garcia. De acordo com a denúncia, na época dos fatos, ao chegar à casa do denunciado Bernardo Bello, a equipe do MPRJ se deparou com uma residência extremamente luxuosa, absolutamente incompatível com a renda por ele declarada, razão pela qual foi instaurado procedimento investigatório criminal (PIC) objetivando apurar eventuais crimes de lavagem de dinheiro cometidos por ele e demais pessoas posteriormente identificadas.
Segundo a denúncia, a referida organização criminosa tem a finalidade de perpetrar o domínio da contravenção do jogo do bicho e a exploração de máquinas caça-níquel no Estado, além de todos os violentos e graves delitos daí decorrentes, como o extermínio de inimigos e opositores e a corrupção de policiais para garantir a perpetuação das infrações. Obviamente, diante da imensurável quantia movimentada pela organização, a lavagem do proveito dos ilícitos é consequência lógica do atuar criminoso.
A Justiça deferiu também a apreensão e bloqueio de bens dos denunciados. Até a tarde desta sexta-feira (10/03), Bernardo Bello não havia sido preso. O bicheiro já havia sido denunciado pelo GAECO em 2022 nas Operações Tu Quoque e Fim da Linha.
Por MPRJ
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