Notícia
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A Coordenadoria-Geral de Promoção da Dignidade da Pessoa Humana (COGEPDPH/MPRJ), promoveu, nesta sexta-feira (19/08), no Instituto de Educação Roberto Bernardes Barroso (IERBB/MPRJ), uma roda de conversa sobre o movimento LGBTI+. O tema foi apresentado pelo coordenador do curso de Direito da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Renan Quinalha, autor do recém-lançado livro “Movimento LGBTI+: uma breve história do século 19 aos nossos dias”.
Renan Quinalha fez um panorama sobre a história do movimento, citando as reivindicações em diferentes momentos e apresentando personagens importantes e pioneiros para o processo de reconhecimento dessa luta. Também contou episódios marcantes - como a revolta de Stonewall, em 1969 -, antes de se aprofundar nas articulações para proteção da diversidade de gênero e orientação sexual ¿no Brasil. O pesquisador falou sobre a importância de debater questões em diferentes espaços:
"Tenho me dedicado a fazer esse trabalho de divulgação científica. De produzir conhecimento, livros, publicar artigos, mas também fazer um debate público sobre esses temas, para traduzir e poder ampliar mais os públicos, de maneira a qualificar essas discussões. Então é muito importante estar no Ministério Público, poder falar com as pessoas que trabalham aqui", disse Renan Quinalha.
A coordenadora de Promoção da Dignidade da Pessoa Humana, Patrícia Carvão, lembrou que um dos objetivos da Coordenadoria é fomentar debates para aprimorar a atuação do Ministério Público. "Assim podemos buscar, junto às mais diversas áreas de atuação, formas de contribuir e jogar cada vez mais luz na questão. É fundamental tudo o que foi colocado aqui, para compreender melhor conceitos que às vezes ficam borrados e levam a uma série de dificuldades. Então precisamos desse trabalho de divulgar e trazer questões para reflexões".
A coordenadora de Direitos Humanos, Eliane de Lima Pereira, também falou sobre essa necessidade de qualificação: "Existem questões que a gente precisa realmente saber para poder compreender e atuar conforme essa compreensão. Esse é o maior desafio de todos, não apenas do direito". O coordenador do CAO Infância/MPRJ (não infracional), Rodrigo Medina, também reforçou a importância da iniciativa. "Como promotor de Justiça percebo a necessidade de o Ministério Público aprofundar a sua atuação nessa pauta. A população LGBTI+ muitas vezes está em vulnerabilidade, precisa do trabalho do Ministério Púbico, e é nosso dever constitucional defender esses direitos".
Por MPRJ
(Dados coletados diariamente)