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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) participou, nesta segunda-feira (13/06), da terceira edição do programa Segurança Pública em Foco, realizado pela Comissão do Sistema Prisional, Controle Externo da Atividade Policial e Segurança Pública (CSP) do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Participaram do evento representantes de diversas instituições de segurança, como o conselheiro nacional do Ministério Público, Jaime Miranda; o coronel e chefe do centro de Comunicação Social da Polícia Militar de São Paulo (CECOMSOC), Robson Cabanas e a promotora de Justiça do Ministério Público da Bahia (MPBA), Mônia Lopes. Representando o MPRJ, estiveram presentes os promotores Bruno Gangoni, coordenador do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), e André Nogueira Buonora, subcoordenador da Coordenadoria Geral de Segurança Pública (CGSP/MPRJ).
O evento, realizado presencialmente no Plenário do CNMP, em Brasília, buscou a promoção de um debate em torno do projeto "Olho Vivo", responsável pela implantação de câmeras operacionais portáteis no uniforme de policiais militares. O conselheiro nacional do Ministério Público, Jaime Miranda, deu início ao encontro destacando sua importância, não somente pela transparência e abertura desse diálogo com a sociedade brasileira, como também entre as próprias forças de segurança pública. "O CNMP entende que não será a solução vinda de uma única instituição a resposta para todos os problemas da administração da segurança pública, que atingiu um alto grau de complexidade no Brasil. Até mesmo uma simples prisão envolve toda uma cadeia de comprometimento de diversas instituições, por exemplo. O MP quer e muito participar ativamente e contribuir com essa situação".
Em seguida, o chefe do centro de Comunicação Social da PMSP, Robson Cabanas, assumiu a palavra, trazendo informações aos agentes de segurança da dinâmica já mais consolidada no estado de São Paulo. Apresentando vantagens do emprego das câmeras para a própria polícia, o coronel buscou desmistificar a visão de que elas funcionariam apenas para a vigilância e controle da conduta policial. "Precisamos entender também a vantagem da câmera para quem está desse lado. Essa é a parte que ninguém discute, aquilo que vai qualificar nosso trabalho, ampliar nossa capacidade de atender e mostrar serviço à população", defendeu.
Destacando que a crença não é a de que a redução dos indicadores de violência aconteça pela implementação dos aparelhos em si, mas por uma série de elementos e esforços que, somados, permitiriam uma maior possibilidade de análise e poder de gestão, Robson Cabanas apontou ganhos práticos da implementação: "Com as câmeras, há fortalecimento da prova judicial, possibilidade de solução rápida de crises e reforço da linha de cultura profissional. Temos uma base de dados gigantesca para trabalhar de que forma o nosso trabalho poderia ficar mais fácil. Discutir maneira de abordagem, táticas, instrumentos, e até elementos a serem agregados nas dinâmicas de treinamento".
Por meio do acesso ao sistema, o coronel finalizou sua participação demonstrando detalhadamente o funcionamento do sistema, por meio da apresentação de recursos como a aba "Casos", cuja função foi associada ao MP. "Com essa função, consigo pesquisar um caso específico por seu ID e compartilhar os registros dele com o promotor que requisitar o vídeo", explicou Robson.
A partir disso, a promotora Mônia Lopes representou o MPBA questionando justamente sua participação nesse processo. Atentou para a necessidade de preparo também da instituição para a recepção desses dados, elencando questões a serem discutidas internamente e incentivando a inserção e aproximação com a tecnologia no ambiente de trabalho. Ela também agradeceu ao CNMP, pela oportunidade de abertura desse canal de comunicação com e entre os promotores, "o que traz luz para esses problemas complexos e enraizados de segurança pública e de temas relevantes como o do evento de hoje". No encerramento, a promotora do MPBA e o coronel da PMSP receberam placas de agradecimento. A edição ficou disponível para visualização no canal.
Por MPRJ
(Dados coletados diariamente)