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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) obteve, na terça-feira (07/06) a condenação de Alison dos Santos Pereira, por homicídio qualificado. Os jurados acolheram integralmente a tese da 1ª Promotoria de Justiça Junto ao II Tribunal do Júri da Capital. O crime foi cometido em agosto de 2019, quando Clara Cristina, de 20 anos, foi assassinada após uma discussão com Alison por conta do volume do som.
Clara Cristina era moradora do Gardênia Azul, Zona Oeste do Rio, e foi esfaqueada por Alison na frente dos filhos. Na sustentação oral, a promotora de Justiça Simone Sibilio repetiu por diversas vezes a fala dos filhos da vítima depois do crime: “o monstro matou mamãe”.
“As circunstâncias do crime extrapolam a normalidade, tendo vista que o delito foi praticado na presença dos dois filhos da vítima, um de três e outro de cinco anos de idade”, diz a sentença acrescentando que esse fato torna ainda maior a reprovabilidade da conduta. “As consequências do crime também fogem à normalidade, já que a vítima era mãe de duas crianças, sendo uma delas portadora de síndrome autista, ambos totalmente dependentes do cuidado da genitora”, diz o documento.
Ainda de acordo com a sentença, o motivo se revelou reprovável: a crença do acusado de que a vítima havia reclamado do som alto para a milícia. Esse fato qualificou o delito como motivo fútil, conforme o artigo 121, §2º inciso II do Código Penal. Alison foi condenado a 16 anos e seis meses de prisão. O MPRJ já recorreu para aumentar a pena.
Para mais detalhes, leia a sentença na íntegra.
Processo nº 0186600 63.2019.8.19.0001
Por MPRJ
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