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Familiares de Moïse Kabagambe, jovem congolês de 24 anos assassinado em um quiosque na Barra da Tijuca, foram recebidos nesta quinta-feira (10/02) no Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). Durante a reunião, o procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, assegurou aos familiares que todos os detalhes do crime serão apurados e colocou diversas estruturas da instituição à disposição para dar suporte e prestar informações aos familiares.
Inicialmente, os familiares foram recebidos pela equipe multidisciplinar do Núcleo de Apoio às Vítimas (NAV), vinculada à Coordenadoria de Promoção dos Direitos das Vítimas (CDV), do MPRJ, de modo a assegurar-lhes canal de acesso à informação, escuta e apoio para o exercício de seus direitos no curso das investigações.
"Estamos empenhados, com diversos promotores e procuradores de Justiça e todo o aparato do Ministério Público, para que tenhamos o efetivo esclarecimento do crime e a responsabilização de todos os culpados", afirmou Luciano Mattos. “O MP tinha apenas uma atuação tradicional de promover a responsabilização, a prisão e a conclusão punitiva do caso, mas não havia um olhar para a vítima e seus familiares. Agora, há toda uma estrutura de promoção dos direitos das vítimas que trabalha para acolhimento dos familiares e auxilia na prestação de informações sobre a investigação”, completou o PGJ.
Além do PGJ, a reunião também contou com a participação do promotor de Justiça responsável pelo caso, Alexandre Murilo Graça, da 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro, do coordenador-geral de Atuação Coletiva Especializada, David Francisco de Faria, da coordenadora-geral de Promoção da Dignidade da Pessoa Humana, Patricia Carvão, da coordenadora de Promoção dos Direitos das Vítimas, Valéria Linck, da coordenadora de Direitos Humanos e Minorias, Eliane de Lima, e da coordenadora do CAO Investigação Penal, Adriana Lucas.
"Todos os fatos relacionados ao homicídio serão apurados"
O promotor de Justiça Alexandre Murilo Graça apresentou um panorama das investigações. Frisou que a apuração não se esgotou com a prisão dos três homens flagrados por câmeras agredindo o Moïse e que eventuais outros crimes correlatos serão esclarecidos. "Não podemos antecipar o que será feito para não prejudicar a investigação. Mas todos os fatos relacionados ou correlatos ao homicídio serão investigados e esclarecidos. Estamos diante de um crime bárbaro, daremos uma resposta. O Ministério Público está trabalhando com toda a sua estrutura para levar essas pessoas a julgamento e para prestar auxílio às vítimas", disse Murilo Graça.
Também participaram da reunião a secretária de Estado de Assistência à Vítima, Tatiana Queiroz, que colabora institucionalmente para o apoio psicológico e social aos familiares, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Rio de Janeiro (OAB/RJ), Rodrigo Mondego, e os advogados Ana Paula dos Santos e Dianduala Rafael.
Por MPRJ
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