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Rio de Janeiro
MPRJ obtém prisão do vereador Dr. Jairinho e de Monique Medeiros, padrasto e mãe do menino Henry Borel
Publicado em Thu Apr 08 15:34:10 GMT 2021 - Atualizado em Thu Apr 08 15:34:00 GMT 2021
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio da 1ª Promotoria de Investigações Penal Zona Sul e Barra da Tijuca, obteve a decretação da prisão cautelar temporária, pelo prazo de 30 dias, do vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, e de Monique Medeiros da Costa de Almeida, padrasto e mãe do menino Henry Borel Medeiros, de 4 anos. Também foram deferidos pedidos de busca e apreensão do celular da babá de Henry, Thayana de Oliveira Ferreira, a e quebra de sigilo de dados do casal.  
 
Jairinho e Monique foram presos na manhã desta quinta-feira (08/04), pela equipe da 16ª DP, na casa de parentes, na Zona Oeste do Rio. Eles são suspeitos de atrapalhar as investigações que apuram a morte de Henry, ocorrida na madrugada do dia 08/03, no apartamento de do vereador.
 
As investigações apontam que, de acordo com o depoimento de testemunhas, havia um histórico de agressões e violência por parte de Jairinho, do qual Monique tinha conhecimento. A babá de Henry, Thayana de Oliveira Ferreira, sabia das agressões contra a criança e, apesar de tê-las relatado à Monique, não relatou os fatos à autoridade policial.  
 
Informações extraídas de conversas entre a mãe da criança e a babá Thayana de Oliveira Ferreira, sobre um episódio ocorrido no dia 12 de fevereiro de 2021, na residência do casal, revelaram que Henry ficou sozinho com o padrasto no quarto, com a porta fechada. Após deixar o quarto, a criança queixou-se de dor no joelho, passou a mancar e pediu à babá que não lavasse a sua cabeça, pois estava doendo, em decorrência de uma “banda” e “chute” aplicados pelo padrasto. Em conversa com a babá, naquela ocasião, a criança teria dito que ele, o padrasto, “toda vez faz isso”, indicando ser vítima de agressões reiteradas por parte do indiciado. Desta forma, entende-se que Jairo, Monique e Thayana mentiram em seus depoimentos à polícia.  
 
No pedido de prisão, o promotor de Justiça Marcos Kac diz tratar-se de providência necessária para possibilitar o aprofundamento das investigações policiais, já que as condutas dos investigados são altamente reprováveis, afetando a própria estrutura social e a tranquilidade da comunidade local.  
 
Por MPRJ
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