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MPRJ denuncia integrantes de organização criminosa pela extorsão de comerciantes da Feirinha de Itaipava para burlar repressão a produtos piratas
Publicado em Wed Jan 13 17:46:51 GMT 2021 - Atualizado em Wed Jan 13 17:46:35 GMT 2021

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), ofereceu, em 16 de dezembro de 2020, denúncia em face de cinco integrantes de organização criminosa que, desde abril de 2018, obtém vantagem econômica, mediante a prática do crime de  extorsão. A citada organização atua na famosa Feirinha de Itaipava, cobrando 'taxas' dos proprietários/locatários dos boxes que comercializam produtos 'piratas', a fim de que tal atividade ilícita não seja reprimida pelos órgãos estatais de segurança.

A denúncia aponta que restou comprovado que o grupo criminoso obtinha informações antecipadas sobre operações contra pirataria que seriam realizadas no local. Apesar de a malta, em geral, recolher as quantias indevidas apenas em dinheiro, foi identificada grande movimentação financeira nas contas bancárias dos integrantes da organização criminosa - na ordem de R$ 5 milhões. Os ganhos eram, assim, provenientes de diversos crimes, como extorsões e delitos contra a propriedade industrial que acarretam prejuízos aos comerciantes da Feirinha de Itaipava, bem como às pessoas jurídicas ligadas às inúmeras marcas de roupas por eles 'pirateadas'.

Foram denunciados pelo MPRJ Dilson Cardoso de Oliveira (apontado como líder da organização); Clea Regina de Araujo Teixeira Magalhães (proprietária de boxes no local e encarregada da arrecadação dos valores); Ana Paula de Souza (esposa de Dilson e responsável pela movimentação bancária dos valores); Claudia Cardoso Machado (irmã de Dilson, cunhada de Ana Paula, e que emprestou seu CPF para abertura de conta que serve para recebimento dos ganhos indevidos da organização); e Eduardo Christo (amigo e vizinho de Dilson, produtor e fornecedor de 'pirataria').

As investigações foram realizadas pela 105ª DP e a denúncia foi recebida pela 2ª Vara Criminal de Petrópolis, que também deferiu os mandados de prisão e expediu os mandados de busca e apreensão.

Processo n.° 0009671-52.2019.8.19.0042

Por MPRJ

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