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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Instituto de Educação Roberto Bernardes Barroso (IERBB/MPRJ), realizou por videoconferência, nesta sexta-feira (15/05), o evento “Migração do Analógico para o Digital: Inovação na Administração Pública”. O encontro foi organizado em parceria com a Escola de Contas do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) e do Centro de Estudos Jurídicos da Defensoria Pública do Estado.
O procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, integrou a mesa de abertura junto com defensor público-geral do Rio de Janeiro, Rodrigo Baptista Pacheco e do vice-presidente do TCE-RJ, Rodrigo Melo do Nascimento.
O PGJ comentou em sua fala que as mudanças provocadas pelo distanciamento social, como a necessidade de migrar as tarefas para o mundo digital, exigiram uma adaptação para uma realidade que na verdade já estava presente. "Isso vai fazer com que as instituições, principalmente as públicas, evoluam significativamente nos próximos anos", avalia Gussem.
Eduardo Gussem lembrou que o MPRJ investe na transformação do analógico para o digital desde 2015, tendo dado ainda mais enfase nos últimos anos. Exemplo disso é que em 2019 o MPRJ Digital foi lançado no plano estratégico da instituição. Entre as estruturas com novas tecnologias, novas plataformas e produtos estão o 'MPRJ em Mapas', o IERBB/MPRJ, o Centro de Pesquisa (Cenpe/MPRJ), renovações no Grupo de Apoio Técnico Especializado (GATE/MPRJ) e o Laboratório de Inovações (Inova/MPRJ).
O diretor do IERBB/MPRJ, procurador de Justiça Sávio Bittencourt, destacou no início do evento a importância de discutir esse assunto: "Essa é a segunda edição do evento, agora absolutamente virtual em função das circunstâncias, para debater um assunto de tamanha magnitude. Debater a migração para o digital é extremamente importante e agora aprendemos isso dramaticamente", disse Sávio, que concluiu: "Importante que as nossas instituições públicas tenham a capacidade de se virtualizar, aderir às tecnologias e fazer disso uma ferramenta para a sua eficiência. E isso sugere que além da capacidade técnicas tenhamos também a possibilidade de não perder a humanidade, o carinho, o contato, a essência do abraço, mesmo que a transmissão seja via tecnologia".
O defensor público-geral do Estado, Rodrigo Pacheco, citou exemplos de inovação na Defensoria, de soluções encontradas para enfrentar o período de pandemia e falou sobre como o atual cenário vai impactar a Defensoria e o sistema de Justiça. O vice-presidente do TCE-RJ, Rodrigo Melo do Nascimento destacou que o tema da mudança "analógico/digital) perpassa a necessidade de modernização, inovação e utilização de usos tecnológicos nas práticas diárias de instituições públicas, para melhor prestação de serviços para a sociedade. Também comentou que o TCE-RJ tem aprimorado muito a atividade de inteligência, com utilização maciça de análise de dados e indicadores de controle.
A coordenadora de programa do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS-Rio) Débora Albu dividiu sua apresentação em três partes. Inicialmente apontou a complexidade do processo de inovação e a necessidade de identificar os principais desafios e barreiras para esse desenvolvimento. Em ressaltou que novas tecnologias por si só não trazem inovação, podendo inclusive impor barreiras. Por fim, trouxe a ideia de que inovar significa uma transformação cultural, uma mudança na forma como se pensa a instituição, principalmente no setor público.
O gestor público do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Pedro Cavalcamte falou sobre inovação e políticas públicas, com a temática "Superando o mito das ideias". Nesse contexto, abordou como compreender e avançar na implementação de iniciativas inovadoras para além da fase da ideia. Ele apresentou diversos casos de sucesso em diferentes tipos de organizações.
Por fim, o procurador do Trabalho do Ministério Público do Trabalho (MPT) Carlos Eduardo de Andrade, membro auxiliar da Comissão de Planejamento Estratégico do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), trouxe a experiência da Comissão na migração do analógico para o digital dentro do CNMP. Eduardo ressaltou, entretanto, para a necessidade de cuidar da preservação e da identidade durante esse processo de desmaterialização.
Ao fim do debate a diretora do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ, Ana Célia Castro, mediou um rico debate entre todos os participantes. Com transmissão pelo Youtube e também pela ferramenta Teams do Office 365, o evento alcançou 727 visualizações.
Por MPRJ
(Dados coletados diariamente)