Notícia
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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (GAESP/MPRJ), realizou nesta quinta-feira (23/05), em seu edifício-sede, audiência pública para discutir o balanço do carnaval 2019. Com a presença de representantes de órgãos públicos, da sociedade civil e das associações de blocos de rua, foram discutidos pontos positivos e negativos do evento deste ano e de que maneira a organização da festa pode ser aperfeiçoada. Este foi o primeiro ano em que o GAESP/MPRJ reuniu órgãos públicos das áreas de turismo, segurança e tráfego para que os detalhes do evento fossem discutidos conjuntamente. A audiência realizada faz parte dos compromissos firmados entre MPRJ e órgãos públicos em protocolo de intenções assinado no início deste ano.
“A observação que o MPRJ faz é de que a integração dos órgãos foi muito positiva porque antes eles não se falavam, ou se falavam às vésperas do carnaval. O pontapé inicial no esforço de conduzirmos o carnaval de uma maneira mais harmônica foi bem dado. Temos compromissos firmados, queremos concentrar as inscrições dos blocos, centralizar em um único órgão. O nosso próximo desafio é trazer associações de moradores e organizadores de blocos para a discussão, tendo em mente que precisamos de equilíbrio com relação à necessidade cultural dos desfiles de rua e o respeito ao direito de ir e vir dos cidadãos”, destacou a coordenadora do GAESP/MPRJ, a promotora de Justiça Andréa Amin.
Subcoordenadora do GAESP/MPRJ, a promotora de Justiça Cláudia Turner pontuou que o carnaval carioca tem peculiaridades que nenhum outro no país tem e que essas características precisam ser respeitadas na discussão da organização da festa. “Muito se falou sobre a necessidade se estabelecer uma tipologia de carnaval de rua no Rio. Mas a cidade tem uma diversidade cultural muito grande, não temos uma única característica. Talvez o que precisamos pensar como coletividade seja a dimensão dos blocos de rua, que em sua maioria são de pequeno a médio porte, com exceção dos megablocos que foram direcionados para o Centro da cidade este ano. O escoamento de público é um grande desafio que precisamos trabalhar junto aos órgãos públicos”, afirmou a promotora.
Além do MPRJ, estiveram presentes na mesa de discussões o presidente da Riotur, Marcelo Alves, e representantes da CET-Rio, das secretarias estaduais de Polícia Militar e Civil, das secretarias municipais de Ordem Pública e da Fazenda, da subsecretaria municipal de Promoção de Eventos, do Corpo de Bombeiros e da Guarda Municipal. A partir das ponderações de moradores e representantes dos blocos, foram dados os primeiros passos para a criação de um grupo de trabalho com a participação de três representantes de associações de moradores e três dos organizadores de blocos. Eles irão apresentar sugestões à Comissão Permanente de Carnaval de Rua, criada através do protocolo de intenções e que irá estabelecer os parâmetros a serem adotados pelo Poder Público para o carnaval 2020.
(Dados coletados diariamente)