O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 3ª Central de Inquéritos, apresentou, em 19 de setembro, denúncia pela prática dos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, com pedido de decretação de prisão preventiva, contra 18 integrantes de organização criminosa que atuava no município de Belford Roxo, mais precisamente na comunidade Parque Floresta. Os crimes, com frequência, eram cometidos com violência, por meio de grave ameaça e extorsão, com emprego de arma de fogo e intimidação de moradores da localidade.

A denúncia tem base no Inquérito Policial 054-02301/2014, instaurado a partir de informações do disque denúncia, registros de ocorrência, autos de prisão em flagrante lavrados na 54ª DP, e fotografias obtidas nas redes sociais, além de depoimentos de usuários de drogas. Assim, foi possível constatar a existência da organização e a associação criminosa entre os denunciados, não somente para comercializar entorpecentes, mas também para desenvolver as atividades clandestinas de telecomunicação e distribuição de gás.

Na denúncia, é ressaltado que a maioria dos denunciados não possui ocupação lícita e que os elementos de prova indicam que todos fazem do crime seu meio de vida, ainda que de forma complementar, no caso daqueles que têm emprego formal, e que a citada organização criminosa vem atuando há pelo menos três anos, no mercado altamente lucrativo do tráfico de drogas ilícitas e exploração clandestina de TV a cabo e internet. O MPRJ sustenta, ainda, ser de extrema importância a prisão dos denunciados, como forma de preservar a ordem pública e restaurar a paz e tranquilidade na comunidade.

Pelos fatos relatados, estão denunciados Fernando Maurício Fernandes, Bruno Vinícios Aguiar Gentil, Isaias Nascimento Araújo, Denis Caldeira das Pontes, Renan de Jesus Conrado, Bruno Rodrigues, Douglas Bonfim Ferreira, Marbem Gomes de Souza Júnior, Deivide da Silva Lino, Ezequiel Henrique Alves Viana, Jean Rogério de Oliveira da Silva, Ruan Gomes Ferreira da Silva, Wendell Kleber Leão da Silva, Sandro de Amaral Aires, Wesley Coelho Sena, Brasileiro, Carlos Eduardo Rodrigues Sant’ana, Felipe da Silva Barbosa e Jean Adir Souza Reis, todos vinculados à facção criminosa conhecida como ‘Comando Vermelho’. As penas previstas são de até 15 anos de reclusão (art. 33 e 35 da Lei de Tóxicos 11.343/06).