Notícia
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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou uma das principais organizações criminosas em atuação na Região Metropolitana do Rio e na Baixada Fluminense, responsável pela clonagem e venda de automóveis roubados. A pedido da 20ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos, a 28ª Vara Criminal da Capital expediu 10 mandados de prisão e 15 de busca e apreensão, cumpridos pela Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), na manhã desta quinta-feira (23/03), durante a “Operação Impostor”.
Até o fim da manhã, a Polícia Civil informou que oito criminosos foram presos. Também foram apreendidas armas de fogo, documentos que eram utilizados para falsificação de CRV, CRLV e CNH, além de materiais para a clonagem dos automóveis.
De acordo com a denúncia, a organização criminosa vendia em média 50 veículos por mês. Entre os crimes praticados estão adulteração de sinal identificador de veículo automotor, estelionato, receptação, falsificação de documentos públicos e inserção de dados falsos em sistema de informações da Administração Pública, entre outros.
A organização criminosa comprava carros de criminosos, pagando cerca de R$ 1 mil por cada um deles e depois revendia pelo valor de mercado. Os criminosos contavam com o apoio de funcionárias do Detran-RJ, que remarcavam os automóveis com chassis dos carros com números já existentes. Duas das denunciadas identificavam os carros legalizados do mesmo modelo, cor e ano para fazer a clonagem. A organização criminosa adulterava o chassi dos carros na comunidade da Maré, na Zona Norte do Rio.
Sandoval Macedo das Chaves foi preso em Campo Grande, na Zona Oeste. Ele é apontado como um dos chefes da organização. Segundo a denúncia, ele participava de todas as fases da compra e venda dos carros roubados e das etapas de “camuflagem” dos automóveis, conseguindo documentos, placas, entre outras necessidades para que o veículo clonado circule sem ser captado. Ele negociava diretamente com seus clientes, documentos fraudados por meio de inserção de dados falsos nos sistemas informatizados do Detran. Eram cobrados cerca de R$ 2 mil por cada documento.
A denunciada Fernanda da Costa Pereira é outra líder da organização, apontada na denúncia. Usava sua experiência prévia de servidora do Detran para coordenar as atividades de outras duas denunciadas Patrícia Madalena da Silva e Shirley Nascimento da Silva, responsáveis pela inserção dos dados fraudulentos no banco de dados.
(Dados coletados diariamente)