Notícia
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Publicado originalmente em 05/09/2017
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), e a Subsecretaria de Inteligência da Secretaria Estadual de Segurança (SSINT/SESEG) realizam a operação Quarto Elemento, nesta terça-feira (5/09). O objetivo é cumprir seis mandados de prisão, quatro deles contra policiais civis e outros dois contra suspeitos que atuavam como informantes dos agentes.
A ação, que também visa ao cumprimento de 19 mandados de busca e apreensão, sendo dois em unidades policiais, e tem apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), da Corregedoria Geral Unificada da Secretaria Estadual de Segurança (CGU/SESEG) e da Corregedoria Interna da Polícia Civil (COINPOL).
Os seis foram denunciados pelo MPRJ por organização para atividade criminosa, extorsão mediante sequestro, usurpação de função pública e corrupção. Segundo as investigações, o grupo levantava informações de pessoas envolvidas com atividades ilícitas e passava a exigir quantias em dinheiro para que estas não fossem presas em flagrante.
Os agentes então, usavam veículos, distintivos e estrutura da corporação para extorquir os cidadãos em troca da não detenção pelos crimes. O esquema teve inícios quando os policiais eram lotados na 36ª DP (Santa Cruz) e continuou após a transferência do grupo, para a Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA) de Niterói, a partir de maio de 2017.
Um exemplo da atuação do grupo foi a extorsão contra uma mulher, proprietária de um carro Citroen C3. Avisados pelos informantes de que o veículo era produto de crime, os policiais foram até a residência da vítima, a abordaram e informaram que ela seria presa, caso não concordasse com o pagamento de R$ 10 mil ao grupo.
Segundo a denúncia, a organização criminosa atuava impondo extremo terror. Em muitos casos, a vítima da extorsão era levada para o interior da delegacia, sob o pretexto de ter sido flagrada praticando algum crime. Os policiais e os informantes então ameaçavam e, em alguns casos, até agrediam fisicamente as vítimas para exigir delas e de seus familiares altas quantias em dinheiro em troca de sua liberação.
De acordo com as investigações, os policiais permitiam aos informantes o uso de distintivos e armas de fogo da polícia e até a direção de veículos da instituição para a prática dos crimes.
(Dados coletados diariamente)