Notícia
Notícia
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou à Justiça nove integrantes de uma quadrilha responsável pelo roubo de R$ 3,5 milhões em jóias da joalheria Lisht, no shopping Rio Design Barra. A denúncia foi recebida pela 14ª Vara Criminal da Capital, que também expediu mandados de prisão dos acusados. Seis criminosos já foram presos e três permanecem foragidos.
De acordo com as investigações, o grupo é apontado como responsável por outros assaltos em estabelecimentos comerciais e agências dos Correios em diversos bairros. Os bandidos ainda estariam associados a uma quadrilha de traficantes que domina o tráfico de drogas no Complexo do Lins. Armas e veículos eram fornecidos pelo tráfico, além de abrigo após os roubos. Em troca, o produto dos roubos era dividido entre as quadrilhas.
O crime praticado na joalheria, no dia 17 de agosto de 2015, permitiu a identificação dos criminosos. Imagens da câmera de segurança mostram os denunciados Iranildo Rozendo Barboza Júnior (vulgo Jota) e Alexandre de Nascimento Marinho (Cubano) armados, abordando duas funcionárias no interior da loja. Em poucos minutos, os criminosos levaram jóias do cofre e das vitrines. Outros dois acusados, Cristiano Gonçalves Ribeiro (Tiano) e Marcelo Jesus de Araújo (Celinho) estavam em motocicletas orientando sobre vigilância e fuga.
Durante as investigações, o MP obteve, junto às operadoras de telefonia móvel, uma relação das chamadas retransmitidas pelas antenas no entorno do shopping. A gravação mostra um dos assaltantes utilizando o celular. Ao todo, 17 números foram grampeados a pedido do GAECO, com autorização da Justiça. A investigação contou com o apoio da Divisão de Evidências Digitais e Tecnologia da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (DDIT-CSI) do MPRJ, que foi responsável pela análise das contas reversas (detalhamento das linhas a partir das quais foram efetuadas ligações para determinado telefone) e das imagens, possibilitando a identificação dos números de telefone usados pelos criminosos.
Apontado como líder da quadrilha, Cubano ainda está foragido. De acordo com a denúncia, ele exercia a função de gerente administrativo da quadrilha. Era ele quem mantinha contato com informantes, distribuía armas, veículos e motocicletas e determinava a hora e local dos crimes. Cabia a ele também escolher os participantes e fazer a divisão dos produtos roubados. Caso condenados, os denunciados responderão pelos crimes de organização criminosa e roubo duplamente qualificado.
(Dados coletados diariamente)