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A 1ª Promotoria de Justiça Criminal de Nova Friburgo ajuizou, na segunda-feira (15/04), recurso contra decisão da 1ª Vara Criminal de Nova Friburgo que converteu a prisão do padre Alexandre Paciolli Moreira de Oliveira, denunciado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) pelos crimes de importunação sexual e estupro de vulnerável, de preventiva para domiciliar. No documento, a Promotoria ressalta que o denunciado não comprovou estar “extremamente debilitado por motivo de doença grave”, como alegou sua defesa ao solicitar a conversão da prisão.
Ainda no recurso, o MPRJ destaca que não foi dada a oportunidade para que a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária informasse sobre a possibilidade de fornecer os cuidados pós-operatórios que o padre alega necessitar após uma cirurgia de coluna.
“É válido frisar que o recorrido possui intensa ligação com o Vaticano, se deslocando para a cidade de Roma com frequência e facilidade, o que pode prejudicar a instrução processual, e que há outras tantas vítimas e testemunhas que se sentiram encorajadas a prestar depoimento após a prisão do denunciado”, destaca um dos trechos da peça recursal.
A Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Nova Friburgo denunciou, no último dia 26/03, o padre Alexandre Paciolli pelos crimes de importunação sexual e estupro de vulnerável, cometidos contra uma mesma mulher, em agosto de 2022 e janeiro de 2023, em Nova Friburgo. A denúncia relatou que Alexandre, um líder religioso da Igreja Católica, utilizando-se da ingenuidade e da fé da vítima, e sob o pretexto de estar sentindo fortes dores, passou a praticar atos libidinosos com a vítima que, tendo o denunciado como seu sagrado protetor, não conseguiu oferecer resistência.
Por MPRJ
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