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GAECO/MPRJ e Polícia Civil cumprem mandados de prisão em condomínios dominados pelo tráfico, em Duque de Caxias
Publicado em Tue Mar 19 08:00:28 GMT 2024 - Atualizado em Tue Mar 19 07:42:03 GMT 2024

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), e a Polícia Civil por meio da 60ª DP (Campos Elísios), cumprem, na manhã desta terça-feira (19/03), seis mandados de prisão contra uma organização criminosa que detém o domínio territorial de cinco condomínios localizados na Estrada do Calundu, no bairro Nossa Senhora do Carmo, no município de Duque de Caxias. Os seis alvos foram denunciados pelos GAECO/MPRJ à Justiça pelos crimes de organização criminosa, tortura e roubo majorado. Entre os alvos está Leandro dos Santos Sabino, conhecido como Flamengo. A operação Termidor conta com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), do Departamento Geral de Polícia da Baixada (DGPB) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE).

De acordo com o GAECO/MPRJ, os denunciados expulsaram os síndicos dos condomínios e colocam pessoas de sua confiança na administração dos condomínios Volterra, Rotonda, Parma, Pádua e Bolzano, tudo de forma a aumentar os ganhos financeiros da organização criminosa. A pedido do GAECO/MPRJ, o Juízo da 2ª Vara Criminal Especializada da Capital determinou busca e apreensão em cinco endereços ligados aos alvos, todos em Duque de Caxias.

A ação penal destaca que, no ano de 2022, os condomínios eram dominados por paramilitares chefiados pelo miliciano Joel Carvalho, conhecido como Baby. Porém, traficantes da Comunidade Barro 3 passaram a ter o domínio do crime organizado na localidade. Com isso, Leandro dos Santos Sabino passou a exercer o tráfico de drogas, controle da venda de gás e controle de serviços de distribuição de água, iluminação, internet, tv a cabo, bem como cobrando taxas de condomínio dos moradores, em que parte seria destinada à organização criminosa. Ainda segundo a inicial da ação penal, para manter o domínio no local, os traficantes também praticam roubos de carga, extorsões, torturam moradores, expulsam os mesmos de suas residências e matam quem ousa contrariar seus interesses.

A denúncia do GAECO/MPRJ chama atenção para dois episódios de violência. Um deles ocorreu em julho de 2023, com a morte do síndico de um dos condomínios, que se recusou a pagar taxas para os traficantes, pois alegava que tinha custos e funcionários para pagar. O homicídio citado na denúncia é objeto de investigação pelo MPRJ.

O outro caso ocorreu em setembro de 2023, ocasião em que os denunciados, armados, constrangeram e ameaçaram membros de uma família que resolveu mudar-se da localidade em razão da violência. Os criminosos agrediram as vítimas com golpes de madeira, martelo, socos e chutes. Também as obrigaram a entregar seus aparelhos de celular com senha, para provar aos criminosos que não eram delatores, incendiaram a moto de um dos membros da família e subtraíram mais de R$ 1 mil destes.

A organização criminosa denunciada pelo GAECO/MPRJ também é apontada como responsável pelo conflito armado com traficantes e milicianos da localidade, ocorrido em setembro de 2023, que levou pânico aos moradores da região. Em meio às trocas de tiros, ao menos dois ônibus e três carros foram incendiados.

Por MPRJ


 

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