O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Coordenadoria de Direitos Humanos e Minorias (CDHM/MPRJ), lançou em suas redes sociais, nesta quinta-feira (08/02), uma campanha de conscientização que visa a prevenir o desaparecimento infantil. Direcionado a pais e responsáveis, o material é composto por ilustrações que representam dicas e cuidados que devem ser tomados com as crianças principalmente em locais abertos e com grande circulação de pessoas.

A iniciativa surgiu após o Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (PLID/MPRJ) revelar que, no Rio de Janeiro, os casos de desaparecimento são consideravelmente mais frequentes no 1º trimestre de cada ano. De acordo com André Luiz Cruz, gestor técnico do PLID/MPRJ, o aumento pode ser explicado pelas características do verão, que acabam ocasionando ambientes públicos mais povoados e, portanto, propícios ao sumiço.

“Nos três primeiros meses acontecem 28,5% dos desaparecimentos anuais do Rio de Janeiro. É um percentual relativamente alto. No meio do ano há uma redução e, no final, esse índice começa a aumentar de novo. Ou seja, há uma relação direta com o verão, com o fato de as pessoas praticarem mais atividades externas nesse período. Nas praias, por exemplo, essa é a época em que o Corpo de Bombeiros trabalha com mais intensidade”, esclarece André Luiz.

Apesar do caráter local do dado revelado pelo PLID/MPRJ, a campanha foi produzida sem a intenção de ter uma natureza regional, uma vez que o tema é de interesse nacional. Deste modo, outros MPs se interessaram em aderir à iniciativa e publicarão o conteúdo em suas redes, como o Ministério Público do Distrito Federal (MPDF) e o Ministério Público do Mato Grosso (MPMT).

“O MPRJ vem fomentando a adoção de medidas de prevenção, aprimoramento da política pública e construção de ferramentas para lidar com o desaparecimento de crianças e adolescentes. Falar sobre o assunto durante todo o ano, mas em especial no período do verão, carnaval, e pensar em estratégias para que medidas rápidas sejam adotadas é uma forma de proteger as nossas crianças”, conclui a promotora de Justiça Roberta Rosa, coordenadora do CDHM/MPRJ.

Por MPRJ