Notícia
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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) e a Polícia Civil, através da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, realizam nesta quinta-feira (27/07) a operação Ás de Ouros II, para prender Bernardo Bello e outros cinco integrantes de sua organização criminosa, pelo assassinato do advogado Carlos Daniel Ferreira Dias, ocorrido em maio de 2022, em Niterói. De acordo com as investigações, Bernardo e o braço financeiro da organização, Allan Diego Magalhães Aguiar, foram os mandantes do crime, que contou com a participação dos outros quatro denunciados. Na operação, que conta com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), também estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão, nos bairros da Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Jacarepaguá, Olaria, Penha, Piedade e Quintino Bocaiúva.
A operação é uma continuidade da Ás de Ouros I, que cerca de um mês após a morte de Carlos Daniel, identificou e prendeu os executores do crime, Rodrigo Coutinho Palomé da Silva, autor dos disparos fatais, e Isaquiel Geovani Fraga, que dirigia a moto em que os dois chegaram ao local do homicídio, a Avenida Conselheiro Paulo de Melo Kalle, no bairro do Cafubá, em Niterói. Na ocasião, a vítima estava dentro de seu carro blindado, acompanhado de seu filho, quando foi atingida por disparos de arma de fogo, feitos em uma fresta no vidro do veículo.
De acordo com as investigações, Allan e outro denunciado, Marcello Magalhães, eram sócios em uma empresa especializada em vender kits para churrasco, quando, após uma divergência, Allan expulsou o sócio e sua esposa da administração do negócio, com a ajuda de um bando armado. Marcello, então, procurou Carlos Daniel, advogado, para ajudá-lo no litígio. Após diversas tentativas de conciliação sem êxito, a vítima, então, orientou Marcello a registrar ocorrência policial narrando os fatos, o que provocou a ira de Allan, que ordenou a sua morte.
A denúncia ressalta que Bernardo e Allan determinaram o assassinato da vítima, enquanto outro denunciado, Marcelo Sarmento Mendes, foi o responsável por operacionalizar o homicídio, contando com o apoio dos também denunciados Wallace Pereira Mendes e Diego Netto Braz dos Santos, seus filhos, responsáveis pela aquisição, teste de funcionamento e entrega de um aparelho GPS a Rodrigo, que o acoplou ao veículo da vítima, permitindo seu monitoramento em tempo real por, pelo menos, oito dias anteriores ao cometimento do crime.
A expressão Ás de Ouros é uma referência ao cenário carioca de exploração de jogos de azar.
Por MPRJ
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