Notícia
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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 2ª Promotoria de Justiça junto ao III Tribunal do Júri da Capital, obteve na madrugada desta sexta-feira (10/11) a condenação de Paulo José Arronenzi a 45 anos de prisão pelo assassinato de sua ex-esposa, a juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, no dia 24 de dezembro de 2020, na Barra da Tijuca. Viviane foi atacada a facadas de surpresa ao descer do carro para deixar as filhas para passar o natal com o ex-marido. O crime foi cometido na frente das três crianças.
Em uma sessão que durou mais de 13 horas, a promotora de Justiça Carmen Carvalho demonstrou ao júri que o homicídio foi agravado por cinco qualificadoras. Os jurados acolheram todas as acusações apresentadas na denúncia do MPRJ. “O Tribunal da vida, palco de dores irreparáveis, devolveu aos familiares e amigos da vítima um pouco de paz . O feminicídio, infelizmente ainda tão presente em nosso país, precisa ser combatido todos os dias", comentou Carmen.
Paulo José Arronenzi foi condenado por homicídio com os seguintes agravantes: por meio cruel, pois foram múltiplas facadas no corpo e no rosto da vítima que lhe causaram intenso sofrimento. Por motivo torpe, o inconformismo com o término do relacionamento, notadamente pelas consequências financeiras,uma vez que ele não trabalhava há seis anos e usufruía da renda da vítima.
O Júri reconheceu, ainda, que o crime foi cometido por meio que dificultou a defesa da vítima, atacada de surpresa. O Conselho de Sentença também concordou que o homicídio foi praticado em razão do sexo feminino, já que foi executado pelo denunciado contra sua ex-esposa. O crime foi praticado na presença física de três crianças, uma com nove e duas gêmeas com sete anos de idade, filhas da vítima e do réu, circunstância que, igualmente, agravou a pena.
Na sentença, o Juízo destacou que o réu mostrou "conduta arquitetada, fria e obstinada, o que de per si prova a maior intensidade de dolo”.
Viviane Vieira do Amaral tinha 45 anos ao ser morta. Ela integrou a Magistratura do Estado do Rio de Janeiro por 15 anos e atuava na 24ª Vara Cível da Capital. Magistradas e magistrados que conviveram com a juíza, amigos e parentes dela acompanharam o julgamento.
Por MPRJ
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