Os promotores de Justiça recém-empossados no Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), aprovados no XXXVI Concurso para Ingresso na Classe Inicial da Carreira, assistiram, nesta sexta-feira (07/10), a uma palestra da coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (CAO Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher/MPRJ), Carla Araújo. Durante o curso de adaptação, realizado no Instituto de Educação Roberto Bernardes Barroso (IERBB/MPRJ), a procuradora de Justiça falou sobre as estruturas e ferramentas institucionais relacionadas ao tema e apresentou aos novos membros a campanha Sinal Vermelho, de combate à violência doméstica.

“Nossa intenção é que os novos promotores e promotoras de Justiça conheçam a Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica e saibam como proceder nestes casos, articulando-se com os outros atores. Além do CAO, nós temos o Núcleo de Apoio às Vítimas, a Ouvidoria da Mulher e outras estruturas relacionadas a essa temática. O Ministério Público tem uma importância fundamental na articulação da Rede. E o combate à violência doméstica não se faz somente com o sistema de Justiça. Ele também precisa dos Centros Especializados de Atendimento à Mulher, da saúde, da educação, da Polícia Civil e Militar, dentre outros”, afirmou Carla Araújo, destacando que, no próximo dia 23 de novembro, será realizado, pelo IERBB/MPRJ, um curso interno de capacitação sobre a campanha Sinal Vermelho.

Diretor do IERBB/MPRJ, Leandro Navega elogiou a iniciativa da procuradora de Justiça. “A apresentação demonstrou aos novos promotores de Justiça a necessidade de que o membro do MPRJ esteja em permanente contato com a Rede de Enfrentamento, dialogando com todos os colaboradores. Isso é essencial para a atuação ministerial”, destacou.

Uma das aprovadas no XXXVI Concurso para Ingresso na Classe Inicial da Carreira, Amanda de Menezes Curty atuou como delegada em Minas Gerais e relatou aos presentes sua experiência com casos de violência doméstica. “Trabalhei em algumas cidades mineiras e observei uma peculiaridade em cada município. Em Visconde do Rio Branco, por exemplo, fizemos um trabalho conjunto para trazer a mulher à delegacia, trabalhar o atendimento psicológico para ela e, posteriormente, iniciar os procedimentos criminais. E conseguimos resultados muito bons. O trabalho da doutora Carla é excelente, pois traz a mulher para o MPRJ, para que ela busque seus direitos. E, além da questão do combate ao crime, ela também enfatiza muito o acolhimento à vítima, o que é fundamental”, disse a nova promotora de Justiça.

Por MPRJ