Notícia
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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 3ª Promotoria de Investigação Penal Territorial do Núcleo Duque de Caxias, denunciou o cirurgião plástico equatoriano Bolivar Guerrero Silva e a técnica de enfermagem Kellen Cristina de Queiroz dos Santos por tentativa de homicídio qualificado contra a paciente Daiana Chaves Cavalcanti. Na denúncia, ofertada nesta quinta-feira, 18/08, foi pedida a prisão preventiva de Bolivar.
De acordo com a denúncia, o médico realizou cirurgias para fins estéticos nas nádegas, costas e abdômen de Daiana que, em razão de complicações causadas pelos procedimentos, retornou ao hospital na semana seguinte com dores abdominais e inflamação dos pontos de sutura. Após idas e vindas ao hospital, em virtude das complicações decorrentes das cirurgias, a vítima, que apresentou agravamento de seu quadro clínico, foi novamente internada.
Mesmo estando debilitada, com anemia, hipotireoidismo e hipertensão arterial sistêmica, o denunciado, de maneira livre e consciente, sem exigir exames que atestassem os riscos a que ficaria exposta caso outra cirurgia fosse realizada, e sem observar a evolução do quadro médico da paciente, submeteu Daiana a mais uma abdominoplastia, para fins de correção dos danos decorrentes da primeira.
“Ao fazer a nova cirurgia, o denunciado conhecia a possibilidade de provocar a morte da paciente e consentiu na produção desse resultado, na medida em que se mostrou completamente indiferente às suas condições de saúde”, diz trecho do documento.
Ainda segundo a denúncia da 3ª Promotoria de Investigação Penal Territorial do Núcleo Duque de Caxias, Bolivar Guerrero Silva constatou que não conseguia reverter o quadro clínico que se agravou e, com o objetivo de ocultar as consequências de sua conduta, recusou-se a transferir a paciente para outro hospital. Já Kellen Cristina de Queiroz dos Santos convenceu Daiana a realizar a cirurgia mesmo estando debilitada, além de estar presente durante a realização do ato cirúrgico, sem qualquer capacitação técnica para tanto.
Por MPRJ
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