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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/RJ), obteve a condenação de dois milicianos presos durante a Operação Intocáveis, que desarticulou organização criminosa que controlava comunidades de Rio das Pedras, Muzema e adjacências. O líder da milícia de Rio das Pedras, Maurício Silva da Costa, vulgo ‘Maurição’, foi condenado a 30 anos de prisão, enquanto Fabiano Cordeiro Ferreira, o ‘Mágico’, braço armado da organização, recebeu pena de oito anos.
O Júri durou dois dias. No decorrer da sessão, o GAECO demonstrou que os dois estão envolvidos em diversas atividades criminosas típicas de milícia. Maurição foi declarado culpado nas acusações de homicídio triplamente qualificado e organização criminosa. Mágico foi condenado por integrar organização criminosa. O homicídio em questão foi cometido contra Júlio de Araújo, em 24 de setembro de 2015, quando milicianos entraram em sua residência e o executaram.
O Juízo do IV Tribunal do Júri da Comarca da Capital ressaltou na sentença que "no contexto em que praticado o crime, há consequências maléficas a todo o meio social, já aterrorizado com a prática miliciana, como é público e notório na cidade do Rio de Janeiro, onde a milícia controla de forma ilegal, abusiva e violenta inúmeros serviços públicos, coagindo comerciantes e corrompendo servidores".
Maurício Silva da Costa, que está preso atualmente no presídio federal de Mossoró/RN, e Fabiano Cordeiro Ferreira devem cumprir a pena em regime fechado, não podendo recorrer em liberdade. Os demais réus presos na operação serão julgados nos próximos meses.
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