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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) recebeu, na tarde desta quinta-feira (09/09), familiares do adolescente João Pedro, baleado e morto durante operação policial no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, em 18 de maio de 2020. O caso ganhou repercussão pelo fato de que a casa onde João Pedro estava, com outros cinco jovens, ter sido alvo de mais de 70 disparos. O procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, recebeu em seu gabinete Neilton da Costa Pinto, pai do jovem; Rafaela Coutinho Matos, mãe; Nadilton da Costa Pinto, tio e padrinho; e Denise Roza de Matos Pinto, tia do rapaz.
No encontro, o PGJ reafirmou o compromisso da Instituição em elucidar o caso e apresentou aos familiares os avanços nas investigações, que estão sendo conduzidas diretamente pelos promotores de Justiça Elisabete Figueiredo Felisbino, da 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Niterói e São Gonçalo, e Paulo Roberto Mello Cunha Júnior, promotor de Justiça designado em auxílio. "Colocamos toda a nossa estrutura à disposição para esclarecimentos, prestando contas de todo o desenrolar dos trabalhos, já que o inquérito foi relatado e estamos agora realizando diligências complementares", pontuou Luciano Mattos.
O promotor de Justiça Paulo Roberto Mello Cunha Júnior também fez um balanço da reunião com os familiares do jovem. "Este foi um encontro importante para que a família de João Pedro tivesse uma noção mais concreta da ampla atuação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro na apuração dos fatos", resumiu.
Coordenador do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública (DPERJ), Fabio Amado de Souza Barreto destacou. "Considero fundamental esse acolhimento e a orientação formulada pelo Ministério Público fluminense que, assim, demonstra todo o seu compromisso e seriedade na condução desse procedimento investigatório, para que possamos chegar à verdade, identificar todas as circunstâncias e a dinâmica desse fato tão terrível que aconteceu com João Pedro e sua família".
"Gostaria aqui de agradecer o apoio do Ministério Público e da Defensoria Pública do Estado do Rio, Nesta reunião, foram esclarecidas muitas dúvidas. Confesso que pensei que minhas forças estivessem chegando ao fim. Mas, hoje, tive a certeza de que o caso do meu filho não irá para a gaveta. Os promotores estão empenhados, e acredito que estamos todos mais próximos da resposta necessária para a minha família e o conjunto da sociedade, sobre este crime cruel, que tirou a vida de um jovem inocente de 14 anos", afirmou Neilton da Costa Pinto, pai de João Pedro, após o encontro.
Além dos já citados, também participaram da reunião as procuradoras de Justiça Patrícia Leite Carvão, coordenadora-geral de Promoção da Dignidade da Pessoa Humana, e Eliane de Lima Pereira, coordenadora de Direitos Humanos e Minorias.
Por MPRJ
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