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O procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, recebeu, na tarde desta quinta-feira (15/07), em seu gabinete, a visita de Williard Smith, conselheiro Político dos EUA na Embaixada em Brasília; Jesse Levinson, cônsul chefe do Setor Político no Rio; e Jason Conroy, cônsul dos EUA para Assuntos Políticos, também no Rio de Janeiro. Também participaram do encontro os promotores de Justiça Mateus Picanço e Flávia Maria de Moura Machado, ambos integrantes da Força-Tarefa especialmente criada para apurar os fatos ocorridos na operação policial realizada no Jacarezinho no dia 6 de maio deste ano, que resultou na morte de 28 pessoas, incluindo um policial civil.
Este foi um dos temas da reunião, na qual também foi abordada a investigação sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, ocorridos em 2018. "Acompanhamos e apreciamos o trabalho desenvolvido pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, no sentido de garantir o Estado de Direito e sempre proteger os Direitos Humanos, garantindo que as instituições democráticas sigam atuantes", afirmou Williard Smith, lembrando que ambos os casos são acompanhados e têm grande repercussão na imprensa norte-americana.
Luciano Mattos destacou as peculiaridades da questão da Segurança Pública no RJ setor considerado uma das prioridades de sua gestão, sob um foco que vai além da atuação policial, incluindo aspectos como desordem urbana, proteção ao meio ambiente e ao patrimônio público. "Temos acompanhado o cumprimento da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 635), do Supremo Tribunal Federal (STF), que estabeleceu restrições às operações policiais nas comunidades do Rio, em tempos de pandemia. E temos ciência da importância do combate aos vários tipos de organizações criminosas, que no Rio incluem tráfico de drogas e milicianos", pontuou o PGJ, destacando a aposta da instituição na atuação coletiva, cujo modelo de Força-Tarefa, como nos dois casos debatidos, é uma das possibilidades.
Na sequência, os promotores de Justiça que atuam na FT do Jacarezinho falaram sobre o trabalho investigativo, que busca identificar possíveis abusos cometidos por policiais na operação. Segundo eles, o MPRJ tem atuado desde o dia dos conflitos na comunidade, e fiscalizado, de forma independente, os rumos da investigação capitaneada pela Polícia Civil, inclusive com peritos próprios, que acompanharam a perícia dos corpos das vítimas. Foi ressaltado o trabalho de suporte psicológico e de assistência social ofertado pela Ministério Público fluminense às testemunhas e aos familiares dos mortos na operação.
Sobre os homicídios de Marielle e Anderson, o PGJ destacou que, em breve, serão anunciados os novos nomes dos integrantes da FT que trata do caso. "Inclusive, estudamos a possibilidade de aumentar seu efetivo, com um maior número de membros participantes", declarou, fazendo questão de frisar sua confiança na conclusão das investigações, com a identificação dos eventuais mandantes dos crimes. Os executores, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, já foram denunciados pelo MPRJ, encontram-se presos e serão submetidos a júri popular.
Por MPRJ
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