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MPRJ obtém a condenação de oito denunciados por integrarem milícia em Itaboraí
Publicado em Wed Mar 10 17:30:33 GMT 2021 - Atualizado em Wed Mar 10 17:34:34 GMT 2021

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) e da 1ª Promotoria de Justiça Criminal de Itaboraí, obteve na última segunda-feira (08/03), junto à 1ª Vara Criminal de Itaboraí a condenação de oito pessoas denunciadas por fazerem parte de um grupo miliciano com atuação em Itaboraí. Até o momento, por meio de processos separados, 51 pessoas ligadas ao grupo, entre elas os milicianos Orlando Curicica e “Renatinho Problema”, já foram condenados pela Justiça, recebendo penas que variam de seis a 26 anos de reclusão em regime fechado.

A organização criminosa, voltada para a prática dos crimes de homicídios, roubos, extorsões, estelionatos, receptações e crimes da lei de armas e da lei de tortura, atuava como uma espécie de ‘franquia’ da organização ‘Grupo Criminoso de Curicica’, com atuação na capital fluminense e liderada por Orlando Curicica, que fornecia armamento e ‘soldados’ para a milícia local, liderada por Renato Nascimento Santos, conhecido como “Renatinho Problema“.

Em sua sentença, o Juízo condenou os advogados Alvaristo Assis Júnior, apontado como responsável por auxiliar integrantes do grupo ao transmitir informações sobre a movimentação da Divisão de Homicídios de Niterói / São Gonçalo, e Tânia Monique Faial Corrêa, identificada como elo entre a milícia, agentes de segurança pública e traficantes de drogas. Também condenado, Mayson Cesar Fideles de Santana, marido de Tânia, intermediou o funcionamento de um estabelecimento comercial em uma região dominada pelo grupo e se identificava como policial civil junto a autoridades de segurança pública.

Vilson Alves Andrade foi condenado por intermediar, com a anuência do grupo, a negociação de imóveis na região, enquanto Rhuan Fernando de Souza Macieira extorquia moradores da região com o uso de armas de fogo, além de monitorar a movimentação nos bairros controlados pela milícia. Delano Xavier de Mendonça era responsável pela cobrança da taxa de segurança e realizava a ronda armada da região, acompanhado por Filipe da Costa Pimentel, ambos condenados. Já o policial militar Antônio Cláudio Quintanilha Medeiros participou de ataques e execuções de criminosos rivais, atuando na disputa contra traficantes de drogas.

Em julho de 2019, o GAECO/MPRJ realizou, em parceria com a Polícia Civil e com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), da Corregedoria da Polícia Militar (PMERJ) e da Superintendência do Sistema Penitenciário (SISPEN), a operação Salvator para cumprir mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra 77 integrantes de organização criminosa. O grupo criminoso se estabeleceu em Itaboraí no final de 2017 e início de 2018, período em que foram noticiados os primeiros crimes praticados, tais como a cobrança das ‘taxas de segurança’ e ‘gatonet’, especialmente nas áreas de Visconde de Itaboraí, Areal e Porto das Caixas – localidades nas quais, até então, a atividade de tráfico de drogas era explorada pela facção ‘Comando Vermelho’.

Processos

0025888-67.2019.8.19.0023

0031904-37.2018.8.19.0023

0031905-22.2018.8.19.0023

0031906-07.2018.8.19.0023

0031907-89.2018.8.19.0023

0031908-74.2018.8.19.0023

0031909-59.2018.8.19.0023

Por MPRJ

gaeco mprj
combate à milícia
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