Notícia
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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), em parceria com a Polícia Civil, realiza nesta quinta-feira (11/02), na Cadeia Pública Dalton Crespo de Castro, em Campos dos Goytacazes, uma operação para cumprir mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra Julio Cezar Coutinho de Souza, vulgo Buldogue, e Luiz Paulo Chagas de Oliveira, vulgo Toro, por associação criminosa para o tráfico de drogas.
De acordo com a denúncia, mesmo da prisão, Julio Cezar, considerado chefe da facção criminosa Amigos dos Amigos (ADA) na região Norte-Fluminense, e Luiz Paulo têm orientado integrantes da facção para que cometam atos criminosos na região. Julio Cezar, mesmo já condenado a 12 anos de reclusão em regime fechado pela prática dos crimes de tráfico de drogas e associação criminosa, foi novamente preso na Operação Sutura, realizada em junho de 2020 pelo GAECO/MPRJ, por tráfico e homicídio. Os relatórios produzidos pela autoridade policial durante as investigações demonstraram que os denunciados tratavam dos assuntos relacionados ao tráfico de entorpecentes na região por meio do aplicativo WhatsApp, a fim de dificultar eventual interceptação telefônica. Contudo, a partir da quebra dos sigilos telefônico e de dados, ficou comprovado que ambos fazem uso frequente de aparelho celular dentro do presídio, para emitir ordens e incitar a execução de atos criminosos, como homicídios contra integrantes de grupos rivais, aos seus comparsas.
A denúncia também destaca que, nos últimos dias, diversas mortes e tentativas de homicídios ocorreram em São Francisco de Itabapoana, sendo que a grande maioria das vítimas tinha algum tipo de ligação com facções criminosas. “Destaca-se que nos últimos meses verificou-se a retomada de alguns pontos de tráfico pela facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP), a exemplo da localidade da Ilha dos Mineiros, que antes pertencia à facção criminosa ADA e agora está sob a influência da facção rival”, diz um dos trechos da denúncia.
Por MPRJ
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